segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ABORTO - O LUGAR DO VAZIO

É complicado esta história, mas preciso falar sobre isto.
Estamos sempre tentando encontrar respostas para os desafios que a vida nos proporciona e recentemente passei por uma experiência de dor que me fez refletir sobre este assunto e quero compartilhar com os meus amigos, minhas reflexões.
Durante um tempo vamos gerando, construindo a cada dia uma história, imaginando o que será, como será, o nome, o sexo e tudo mais que nossa fantasia e imaginação possa nos levar.
Fantasiamos, enjoamos e os dias se passam trazendo consigo todas as transformações no crescer da barriga.
Assim como esta imagem são os relacionamentos, sejam quais forem amizade, namoro ou casamento.
Vamos gerando um relacionamento com todo carinho e fantasiando o que será quando de fato ele estiver pronto; planejamos, replanejamos, tentando prever ou quem sabe antecipar o futuro.
Em meio esta jornada, vamos construindo uma história com o Outro.
Esta história que quando iniciada não permitimos sequer pensar que ela possa ser interrompida. É um momento tão pleno que não permitimos tal pensamento.
Todo relacionamento exige doação de si, renúncia e compreensão para que pessoas tão diferentes ou até mesmo iguais possam construir uma base sólida para a chegada do resultado final...o nascimento!
Assim é a gravidez, no início nosso corpo não identifica o feto e há uma recusa de aceitação, daí os enjõos em algumas mulheres, mas passada esta fase a base vai se construindo até o nascimento do bebê.
Em meio a tantos sonhos, algo inesperado acontece!!!
Não nos preparamos para isso, não está em nossos planos a pêrda.
E aí tudo que foi construído se desmorona em poucos dias, em poucas horas, em tão pouco tempo sem sequer nos dá chance de escolha.
Queremos respostas, procuramos respostas lógicas que nos dê entendimento do que não é "entendível".
Como pode? Onde errei? O que aconteceu?
Também fazemos essas mesmas perguntas quando perdemos um relacionamento, um amigo, um amor, um familiar.
Nos perguntamos será que realmente me dediquei o suficiente, será que fiz tudo que eu podia, será que eu merecia isto?
Procuramos em nós o lugar da culpa, os erros cometidos e queremos remediar o que não pode ser remediado. Tentamos inutilmente reverter o processo na tentativa inconsciente e quem sabe consciente de impedir a pêrda.
E ali em meio a tanta dor, tristeza, lágrimas, fica o lugar VAZIO, o lugar do luto.
O lugar do Outro, o lugar dos sonhos não vividos, das conversas não faladas, do carinho não dedicado.
O lugar do SILÊNCIO!
Recentemente, encontrei uma amiga muito estimada pra mim que cortou seu elo de amizade comigo e fiquei me perguntando numa dor profunda, o que faço com o amor e carinho que sinto por ela? o que faço com a história de amizade que constuimos juntas?
Há um vázio dentro de mim, há um lugar vazio, o lugar da falta.
Uma outra pêrda também recente me fez questionar o relacionamento interrompido tão bruscamente como tantos outros que perdi e me reportou a um sentimento que eu pensara estar bem escondido:
Eu não quero perder, não consigo suportar esta dor latente!!!
Olhei para dentro de mim e bem lá no fundo encontrei....
Vários lugares VAZIOS!!!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desonestos do Amor!

Quando penso na minha história, fico me perguntando o que aconteceu com aquele homem pelo qual me apaixonei.
Tento usar todos os meus recursos emocionais e meu conhecimento na Psicologia para responder essa tão cruel pergunta.

A sensação que tenho é que vivi numa grande fantasia, onde só eu amei, do meu jeito é claro, investindo com tudo no tal homem que a mim pareceu um "príncipe encantado".

E num triste dia o encantamento acabou e deparei-me com a dura, nua e crua realidade.
É assim mesmo que acontece, um belo dia a gente conhece uma pessoa e construímos uma imagem dela. Esta imagem não tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e muito com o que ela 'vende' de si mesma. É pelo resultado disto tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem projetada, desfazer deste amor mais tarde não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado á dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.
Enfrento hoje, á duras penas, o processo da desconstrução. A desconstrução de uma imagem inventada.
É claro que não é o outro totalmente o "culpado" de tudo. Eu também sou.
Durante o relacionamento, alguns comportamentos dão indícios do "falsário" porém, na onipotência emocional não fui capaz de confiar no que via.

Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico.

Ninguém, no começo de uma relação se apresenta como realmente é, apresentam mais suas qualidades do que seus defeitos, apresenta-se os charmes o que é natural. Mas isso é no começo.
Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos.

Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali atônito.

Atônita, ainda me encontro e me perguntando como pude cair nesta armadilha.

Eu não sou a única, milhares de homens e mulheres estão destruídos emocionalmente, tentando reconstruírem sua vida afetiva e se organizarem em meio ás ruínas, a dor e o luto.
Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguem por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação e que talvez até não tenha sido por mal d outro, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.
Realmente, na desonestidade do amor muitos saem feridos, magoados, desnorteados e sem saberem o que fazer, mas para os corajosos não há outra saída a não ser o enfrentamento da dor.
Em fim, adesconstrução do ideal não é um período fácil e rápido de vivenciar e como todas as perdas a dor do luto chega ser em alguns um sentimento indecifrável e indescritível, mas como cita a autora Judith Viorst, há perdas que são necessárias.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um grito de Alerta!!!

Escrevo essas palavras como forma de expurgar meus sentimentos e quem sabe levar meus seguidores e leitores à uma reflexão do comportamento humano.
Está chegando o natal e todos ficam emanados por uma atmosfera de fraternidade, de amor e paz que durante o ano muitos não sentiram.
Parece que essa época leva as pessoas buscarem remissão pelos pecados cometidos durante o ano e por terem sidos tão "ruins."
Mas o que quero realmente questionar nesta edição é até que ponto somos sinceros com nossos sentimentos e até que ponto somos de fato fraternos.
Vivi no dia de ontem uma experiência de total desrespeito para com minha pessoa vinda de um homem o qual convivi durante dez anos da minha vida. Talvez por essa convivência poderia ter sido criado uma atmosfera de fraternidade apesar de estarmos separados, entretanto, isso não foi capaz de levá-lo a uma conduta fraterna. Nem mesmo o fato de termos um filho juntos e desse estar presente, foi capaz de impedi-lo de afrontar-me como mulher.
Penso que buscamos representar no natal este sentimento de amor, de paz e fraternidade mas cotidianamente estamos agindo como animais, se é que posso usar este termo, pois que nem mesmo os animais chamados irracionais se atacam como os racionais tem se atacado.
É em todos os lugares, em casa, no trânsito, no transporte público, nos comércios, nos postos de saúde e hospitais, nos órgãos públicos em geral, somos desrespeitados e atingidos sem nenhum pudor.
Será mesmo o fim dos tempos? Ou será o fim do valores morais, éticos e cristãos? Será o fim dos princípios de cidadania? Ou será que estamos nos deseducando?
O que está acontecendo?
Milhares de mulheres, como eu, estão amargando a dor da separação e ainda sendo atacadas pelos ex-maridos que se acham feridos na sua virilidade e tentam atingir as mulheres com os mais baixos golpes que se pode imaginar: tirando a guarda dos filhos, expondo os filhos à situação de alcoolismo, prostituição e outras mais terríveis situações.
E aí fica com a mulher a responsabilidade de criar os filhos, de enfrentar suas dores emocionais e físicas e superar todas as mazelas internas e externas que a própria vida pode oferecer.
Quero expressar aqui minha indignação e convidar as mulheres que sofrem de abusos morais e psicólogicos a se revoltarem e se unirem em pró de uma justiça que defenda-nos com verdadeira justiça!!!!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desabafo

Hoje quero falar da minha tristeza.
A tristeza que por mais que faço não sai da minh'alma. E não tem nada ver com minha fé em Deus... tem haver com minha dor.
Estou lendo um livro bem legal que se chama Decepcionados com Deus e meditando nele percebi que com tudo que passei e passo não estou decepcionada com Deus.
Estou triste por tudo que me sobreveio, pelas decepções, as esperanças não alcançadas, as frustrações de não poder ter, fazer e até mesmo esperar o que espero.
Há momentos em nossas vidas que somos levados a uma introspecção total do ser. Que olhamos para dentro de nós mesmos e pouco encontramos. Estou nessa fase.
Olho pra mim e vejo um oco que parece não ter fim... um labirinto que não me leva a lugar algum.
A tristeza é algo que ninguém quer falar, sentir ou compartilhar. Mas na tristeza também aprendemos a lidar conosco mesmo. Com nossas limitações e também as dos outros.
Hoje vi o quanto sou limitada e o quanto meus amigos também...
Precisei de um ombro pra chorar, um ouvido pra me ouvir, um braço para me abraçar e não encontrei. Não por que não tenho amigos, simplesmente porque em alguns momentos de nossas vidas a limitação do outro nos priva do mais simples gestos.
Desejei sumir... olhei para o céu e clamei como aquele cego no meio da estrada em Jericó:
Jesus tem compaixão de mim, vou sucumbir!!!!
O silêncio invadiu meu carro, as lágrimas transbordaram meus olhos...
E no vázio não tive acalanto.
Mas lá no fundo do meu ser uma palavra soou:
-EU SOU TUA FORÇA E TEU REFÚGIO!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Depois de muito tempo, voltei!!

Há muito venho pensando a respeito da amizade.
Puxa como é dificil hoje em dia definir o sentimento de amizade. A amizade assim como outros relacionamentos estão a cada dia mais escassos.
A amizade virtual está na moda, amizades a distância são fáceis de manter pois não há convívio.
Lidar com o diferente realmente é complicado, dizem que os opostos se atraem e que é na relação de opostos que acontece o desenvolvimento.
Desenvolvimento se dá no relacionamento seja ele qual for, mas relacionar-se dá trabalho.
Cultivar amigos dá trabalho, ouvi-los, acompanhá-los, entendê-los é mui trabalhoso e pensando nisso percebo que essa geração não é uma geração que quer ter trabalho.
Seja lá qual for o trabalho, essa geração é uma geração que quer facilidades.
A geração do fastfood onde tudo é mais rápido, a geração da ração humana que complementa aquilo que você não teve tempo de comer, a geração da informática que com apenas um clique sua carta chega ao destinatário, as ínumeras comunidades de relacionamentos (orkut, facebook, twister, limão) e por aí segue a lista.
É aí que entra meus questionamentos:
Estamos de fato nos relacionando com as pessoas?
Estamos de fato gastando tempo com as pessoas quando estamos na frente do Pc?
Estamos de fato nos desenvolvendo como seres humanos?
Cada vez menos a lista de amigos pessoais vão perdendo terreno para os virtuais.
O churrasquinho na casa dos amigos no domingo, o bate-papo nos portões, o ponto de encontro após o trabalho.
Tudo é virtual, podemos cultivar na "colheita feliz", adubar, plantar, cultivar e colher virtualmente.
Estamos de fato nos relacionando com as pessoas, com os opostos, com os iguais?
Se para crescermos como pessoas precisamos compartilhar experiências essa nova geração muito compartilha sim, sem dúvida. O que questiono é a qualidade do desenvolvimento desse ser humano.
É comum ouvirmos na Tv as grandes desgraças da vida e o declínio dos relacionamentos:
pai que mata filho, filho que estupra irmã, mãe que compactua com a morte de seu próprio filho, pedofilia e professor que agride aluno e vice-versa, uma infinidade de monstruosidades.
Será a corrupção do ser ou o maquiavélico que sempre existiu em nós que hoje encontra terreno pra se expor?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Processo Seletivo e o Gigante Golias

Ontem fui prestar um processo seletivo numa empresa muito conceituada da área da saúde. Depois de três horas de muito esforço mental, sai da sala pensativa e como sempre questionando muitas coisas.
E aí quero compartilhar meus sentimentos neste recurso que tem sido minha melhor e maior fonte terapêutica do momento: meu blog.
Então vamos ao ponto que me trouxe frente esta tela: o processo seletivo.
Numa das salas de cinquenta pessoas lá estava eu lendo cada parágrafo daquelas questões enormes relacionadas à minha área especifica e também a conhecimentos gerais, a prova foi constituída de trinta questões e um estudo de caso. Após um tremendo esforço mental, um stress físico e porque não dizer emocional terminei a prova faltando poucos minutos para o encerramento do prazo limite.
Entrei no meu carro e aí eu e áquela sensação de ter havido trabalhado quebrando pedra, me perguntei: Em meio tanta concorrência, levando em conta que são apenas dez vagas, o que fazer para garantir o meu lugar ao sol? Como conquistar uma vaga em meio tantas exigências do mercado de trabalho? Mesmo com minhas qualificações me sinto tão obsoleta! E numa mistura de sentimentos tentava entrar em contato comigo mesma: a minha humanidade.
Assim somos nós, humanos, frágeis e limitados. Somos tão pequenos diante da grandiosidade do mundo em nossa volta e a cada situação somos confrontados como Davi foi pelo gigante.
Um incircuso qualquer que pelo seu tamanho ousou desafiar o povo de Israel e um pequeno garoto tão humano como eu não se conformou com tamanha ousadia.
Fiquei pensando nos gigantes diários que temos que enfrentar, nas palavras caluniadoras dos incircusos que temos que ouvir, as afrontas que recebemos, os golpes dos traidores e assim vai a lista de mazelas que enfrentamos.
Olhei para mim mesma, arregacei as mangas e me abaixei: selecionei algumas pedras e com a minha funda fui pra cima do gigante.
A verdade é esta temos que nos fundamentar na pedra angular que é Jesus e nos equipar com a palavra de Deus para enfrentar os gigantes externos e porque não dizer os internos.
A verdade é que estamos enfrentando os ultimos dias em todos os sentidos não só na vida espiritual mas também na secular... Tudo cada vez tá mais dificil e nós que professamos o Nome de Jesus não podemos perder o Alvo....
Estamos sendo selecionados, como foi o meu processo seletivo e para passarmos na prova precisamos permanecer fiéis até o fim e saber sempre que nosso galardão não está nesta terra.
Se você não se vê preparado para esta conquista se agarre na promessa que se encontra em 2PE:3 e mantenha -se firme neste confronto contra o gigante da sua alma.