sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desabafo

Hoje quero falar da minha tristeza.
A tristeza que por mais que faço não sai da minh'alma. E não tem nada ver com minha fé em Deus... tem haver com minha dor.
Estou lendo um livro bem legal que se chama Decepcionados com Deus e meditando nele percebi que com tudo que passei e passo não estou decepcionada com Deus.
Estou triste por tudo que me sobreveio, pelas decepções, as esperanças não alcançadas, as frustrações de não poder ter, fazer e até mesmo esperar o que espero.
Há momentos em nossas vidas que somos levados a uma introspecção total do ser. Que olhamos para dentro de nós mesmos e pouco encontramos. Estou nessa fase.
Olho pra mim e vejo um oco que parece não ter fim... um labirinto que não me leva a lugar algum.
A tristeza é algo que ninguém quer falar, sentir ou compartilhar. Mas na tristeza também aprendemos a lidar conosco mesmo. Com nossas limitações e também as dos outros.
Hoje vi o quanto sou limitada e o quanto meus amigos também...
Precisei de um ombro pra chorar, um ouvido pra me ouvir, um braço para me abraçar e não encontrei. Não por que não tenho amigos, simplesmente porque em alguns momentos de nossas vidas a limitação do outro nos priva do mais simples gestos.
Desejei sumir... olhei para o céu e clamei como aquele cego no meio da estrada em Jericó:
Jesus tem compaixão de mim, vou sucumbir!!!!
O silêncio invadiu meu carro, as lágrimas transbordaram meus olhos...
E no vázio não tive acalanto.
Mas lá no fundo do meu ser uma palavra soou:
-EU SOU TUA FORÇA E TEU REFÚGIO!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Depois de muito tempo, voltei!!

Há muito venho pensando a respeito da amizade.
Puxa como é dificil hoje em dia definir o sentimento de amizade. A amizade assim como outros relacionamentos estão a cada dia mais escassos.
A amizade virtual está na moda, amizades a distância são fáceis de manter pois não há convívio.
Lidar com o diferente realmente é complicado, dizem que os opostos se atraem e que é na relação de opostos que acontece o desenvolvimento.
Desenvolvimento se dá no relacionamento seja ele qual for, mas relacionar-se dá trabalho.
Cultivar amigos dá trabalho, ouvi-los, acompanhá-los, entendê-los é mui trabalhoso e pensando nisso percebo que essa geração não é uma geração que quer ter trabalho.
Seja lá qual for o trabalho, essa geração é uma geração que quer facilidades.
A geração do fastfood onde tudo é mais rápido, a geração da ração humana que complementa aquilo que você não teve tempo de comer, a geração da informática que com apenas um clique sua carta chega ao destinatário, as ínumeras comunidades de relacionamentos (orkut, facebook, twister, limão) e por aí segue a lista.
É aí que entra meus questionamentos:
Estamos de fato nos relacionando com as pessoas?
Estamos de fato gastando tempo com as pessoas quando estamos na frente do Pc?
Estamos de fato nos desenvolvendo como seres humanos?
Cada vez menos a lista de amigos pessoais vão perdendo terreno para os virtuais.
O churrasquinho na casa dos amigos no domingo, o bate-papo nos portões, o ponto de encontro após o trabalho.
Tudo é virtual, podemos cultivar na "colheita feliz", adubar, plantar, cultivar e colher virtualmente.
Estamos de fato nos relacionando com as pessoas, com os opostos, com os iguais?
Se para crescermos como pessoas precisamos compartilhar experiências essa nova geração muito compartilha sim, sem dúvida. O que questiono é a qualidade do desenvolvimento desse ser humano.
É comum ouvirmos na Tv as grandes desgraças da vida e o declínio dos relacionamentos:
pai que mata filho, filho que estupra irmã, mãe que compactua com a morte de seu próprio filho, pedofilia e professor que agride aluno e vice-versa, uma infinidade de monstruosidades.
Será a corrupção do ser ou o maquiavélico que sempre existiu em nós que hoje encontra terreno pra se expor?