terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desonestos do Amor!

Quando penso na minha história, fico me perguntando o que aconteceu com aquele homem pelo qual me apaixonei.
Tento usar todos os meus recursos emocionais e meu conhecimento na Psicologia para responder essa tão cruel pergunta.

A sensação que tenho é que vivi numa grande fantasia, onde só eu amei, do meu jeito é claro, investindo com tudo no tal homem que a mim pareceu um "príncipe encantado".

E num triste dia o encantamento acabou e deparei-me com a dura, nua e crua realidade.
É assim mesmo que acontece, um belo dia a gente conhece uma pessoa e construímos uma imagem dela. Esta imagem não tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e muito com o que ela 'vende' de si mesma. É pelo resultado disto tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem projetada, desfazer deste amor mais tarde não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado á dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.
Enfrento hoje, á duras penas, o processo da desconstrução. A desconstrução de uma imagem inventada.
É claro que não é o outro totalmente o "culpado" de tudo. Eu também sou.
Durante o relacionamento, alguns comportamentos dão indícios do "falsário" porém, na onipotência emocional não fui capaz de confiar no que via.

Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico.

Ninguém, no começo de uma relação se apresenta como realmente é, apresentam mais suas qualidades do que seus defeitos, apresenta-se os charmes o que é natural. Mas isso é no começo.
Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos.

Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali atônito.

Atônita, ainda me encontro e me perguntando como pude cair nesta armadilha.

Eu não sou a única, milhares de homens e mulheres estão destruídos emocionalmente, tentando reconstruírem sua vida afetiva e se organizarem em meio ás ruínas, a dor e o luto.
Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguem por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação e que talvez até não tenha sido por mal d outro, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.
Realmente, na desonestidade do amor muitos saem feridos, magoados, desnorteados e sem saberem o que fazer, mas para os corajosos não há outra saída a não ser o enfrentamento da dor.
Em fim, adesconstrução do ideal não é um período fácil e rápido de vivenciar e como todas as perdas a dor do luto chega ser em alguns um sentimento indecifrável e indescritível, mas como cita a autora Judith Viorst, há perdas que são necessárias.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um grito de Alerta!!!

Escrevo essas palavras como forma de expurgar meus sentimentos e quem sabe levar meus seguidores e leitores à uma reflexão do comportamento humano.
Está chegando o natal e todos ficam emanados por uma atmosfera de fraternidade, de amor e paz que durante o ano muitos não sentiram.
Parece que essa época leva as pessoas buscarem remissão pelos pecados cometidos durante o ano e por terem sidos tão "ruins."
Mas o que quero realmente questionar nesta edição é até que ponto somos sinceros com nossos sentimentos e até que ponto somos de fato fraternos.
Vivi no dia de ontem uma experiência de total desrespeito para com minha pessoa vinda de um homem o qual convivi durante dez anos da minha vida. Talvez por essa convivência poderia ter sido criado uma atmosfera de fraternidade apesar de estarmos separados, entretanto, isso não foi capaz de levá-lo a uma conduta fraterna. Nem mesmo o fato de termos um filho juntos e desse estar presente, foi capaz de impedi-lo de afrontar-me como mulher.
Penso que buscamos representar no natal este sentimento de amor, de paz e fraternidade mas cotidianamente estamos agindo como animais, se é que posso usar este termo, pois que nem mesmo os animais chamados irracionais se atacam como os racionais tem se atacado.
É em todos os lugares, em casa, no trânsito, no transporte público, nos comércios, nos postos de saúde e hospitais, nos órgãos públicos em geral, somos desrespeitados e atingidos sem nenhum pudor.
Será mesmo o fim dos tempos? Ou será o fim do valores morais, éticos e cristãos? Será o fim dos princípios de cidadania? Ou será que estamos nos deseducando?
O que está acontecendo?
Milhares de mulheres, como eu, estão amargando a dor da separação e ainda sendo atacadas pelos ex-maridos que se acham feridos na sua virilidade e tentam atingir as mulheres com os mais baixos golpes que se pode imaginar: tirando a guarda dos filhos, expondo os filhos à situação de alcoolismo, prostituição e outras mais terríveis situações.
E aí fica com a mulher a responsabilidade de criar os filhos, de enfrentar suas dores emocionais e físicas e superar todas as mazelas internas e externas que a própria vida pode oferecer.
Quero expressar aqui minha indignação e convidar as mulheres que sofrem de abusos morais e psicólogicos a se revoltarem e se unirem em pró de uma justiça que defenda-nos com verdadeira justiça!!!!